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Neymar é julgado em Barcelona sobre fraude fiscal

O principal atacante da seleção Brasileira enfrenta processo de fraude que pede pagamento milionário e prisão do jogador.

Neymar participa de julgamento que acontecerá entre os dias 17 e 31 de outubro na fase final de um processe que acompanha o jogador desde sua saída do Barcelona em 2017.

Essa saga judicial extensa perdura desde 2013 com a saida do Santos FC para o Barcelona. O processo envolve além de Neymar, seus pais, o time FC Barcelona, Santos FC, os Ex presidentes do Barcelona Sandro Rosell – para quem o MP solicita cinco anos de prisão por corrupção e fraude – e Josep Maria Bartomeu, assim como o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho.

A defesa de Neymar afirma que ele não cometeu crime algum e rebate com o questionamento de que a Espanha talvez não tenha competência legal para o caso.

De acordo com o cronograma inicial, o depoimento do jogador está previsto para acontecer no dia 21 ou 28 de outubro. O documento, porém, não indica se ele prestará depoimento de maneira presencial.

Antes disso, acontecerá outro depoimento muito aguardado: o de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, que testemunhará na terça-feira (18) por videoconferência para explicar como o pré-acordo assinado em segredo entre o Barça e o jogador em 2011 influenciou o mercado.

O FC Barcelona anunciou em um primeiro momento que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros (cerca de R$ 431 milhões).

Para o DIS, fundo de investimento esportivo que pertencia ao grupo brasileiro de supermercados Sonda , o Barcelona, Neymar e mais tarde o Santos se uniram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos dos quais ficou de fora.

A empresa, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador em 2009, recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos oficialmente ao clube brasileiro.

Neymar diante de tribunal em Barcelona, durante julgamento por fraude fiscal — Foto: REUTERS/Albert Gea

Por considerar-se duplamente prejudicado, tanto por não ter recebido sua parte da transferência real quanto pelo contrato de exclusividade assinado por Neymar e o Barça – que impediu outros clubes de disputar a contratação do atacante -, o fundo DIS pede a restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido.

Como acusação particular, o grupo pede ainda cinco anos de prisão para o jogador, Rosell e Bartomeu, além de multas milionárias.

Os advogados de Neymar argumentam, no entanto, que o ele não cometeu crime algum, já que os 40 milhões de euros corresponderam a um “bônus de contratação legal e habitual no mercado do futebol”, e questionam se a Espanha tem a competência legal para o caso.

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