Inpe deve comprar novo supercomputador no valor de R$ 200 milhões
Sistema de “Previsão imediata” deve ser capaz de minimizar consequências de desastres naturais no Brasil.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), anunciou que está em processo de compra de um novo supercomputador, avaliado em R$200 milhões. O equipamento deve melhorar a previsão climática do país e minimizar as consequências dos desastres naturais no Brasil.
A expectativa é de que o equipamento comece a funcionar ainda em 2023. De acordo com o Inpe, o edital para compra está em fase de finalização e deve ser publicado ainda neste primeiro semestre. Esse tipo de máquina não é produzido no país, sendo a licitação internacional e por isso o processo é considerado demorado e complexo.
TUPÃ X NOVO SUPERCOMPUTADOR
No país, atualmente, o equipamento mais avançado é o Tupã, instalado no próprio Inpe, responsável pela previsão climática do país. Porém, ele já é considerado ultrapassado. No desastre do Litoral Norte, por exemplo, ele foi capaz de avisar dias antes da possibilidade do temporal, porém sem detalhes. A nova máquina deve ser capaz de prever melhor o volume de água e as áreas atingidas, podendo salvar vidas.
O novo supercomputador é modular, ou seja, ele chegará pronto para uso, mas com o tempo novos módulos devem ser adquiridos aumentando o processamento. Isso deixará o equipamento sempre atual.
O QUE MUDA?
A nova máquina deverá ser capaz de fazer cálculos mais complexos, com isso a previsão do tempo deve ser realizada de forma mais rápida, detalhada e precisa. Além disso, o sistema “now casting”, que traduzindo seria “previsão imediata”, promete informar a hora exata que a chuva deve começar e terminar, além de apontar um volume de precipitação mais preciso. Porém, o módulo com essa função deve ser implementado entre oito e dez anos.
A condição climática do país poderá ser mapeada de forma mais precisa e com mais antecedência. Essas informações poderão ajudarem setores como agricultura e energia. Outro diferencial é o ‘modelo comunitário’, onde um grupo de especialista poderá ajudar a calibrar a máquina. O novo supercomputador também deve ser abastecido por energia solar, sendo o primeiro do mundo com essa tecnologia.
INVESTIMENTO
A nova máquina deve custar R$200 milhões e o investimento será pago em cinco parcelas, com a primeira sendo divida em duas partes. A primeira parte do pagamento está disponível desde dezembro e a segunda deve ser disponibilizada em breve. A verba é um recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Comentários