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Embraer vai produzir avião militar em Portugal

Em evento com presidente Lula, Embraer assina acordo para produzir avião militar em Portugal

Em um evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro português António Costa, a fabricante brasileira de aviões Embraer assinou um memorando de entendimento com várias empresas aeroespaciais de Portugal nesta segunda-feira (24)

O destaque do acordo é o potencial relacionamento estratégico nas áreas de desenvolvimento e integração de sistemas envolvendo o A-29 Super Tucano, em sua recém-lançada versão A-29N, voltada para o atendimento das necessidades dos países membros da Organização Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O objetivo principal do memorando é o desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa de Portugal, reforçando sua capacidade de desenvolver atividades de engenharia, pesquisa e desenvolvimento.

A expectativa é que as aeronaves Super Tucanos passem a ser produzidas em solo português, abrindo portas para vendas a outros países da União Europeia.

A-29N é uma versão do A-29 Super Tucano com equipamentos e funcionalidades na configuração da Otan — Foto: Divulgação/Embraer

O valor estimado de um Super Tucano é de US$ 3,5 milhões, tornando o acordo potencialmente bilionário. A aeronave é usada para fiscalização de florestas, espaços aéreos e treinamentos, e é um dos modelos mais exportados pela Embraer.

O memorando foi assinado com as empresas Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), Empordef Tecnologias de Informação, S.A. (ETI), GMVIS Skysoft, S.A. (GMV) e OGMA S.A. A Embraer reforça seu compromisso estratégico de longo prazo com Portugal no desenvolvimento de seu ecossistema aeroespacial e de defesa.

O que é o A-29N do Super Tucano?

A Embraer lançou uma nova versão do A-29 Super Tucano, chamada de A-29N, com equipamentos e funcionalidades na configuração da Otan. O objetivo é atender às necessidades de nações da Europa que estão aumentando seus gastos de defesa por medo da Rússia após a invasão à Ucrânia. Entre as funcionalidades estão um novo datalink e o single-pilot operation. O avião pode ser usado para ataque leve, vigilância, interceptação aérea e contra-insurgência, além de operar em pistas remotas e não pavimentadas. O preço inicial é de US$ 10 milhões. A aeronave é equipada com sensores e armas de última geração e já foi entregue em 260 unidades em todo o mundo.

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