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Nasa encontra sinais de rios volumosos e agitados em Marte

De acordo com a agência, ter mais compreensão sobre os ambientes aquáticos de Marte ajuda os cientistas a procurarem sinais de vida microbiana antiga que pode ter sido preservada nas rochas do planeta

Imagens divulgadas pela NASA estão reacendendo a discussão sobre a existência de ambientes aquáticos em Marte. O rover Perseverance capturou registros que sugerem a presença de um rio possivelmente grande e turbulento, desafiando as concepções anteriores dos cientistas.

Desde sua chegada a Marte em 2020, o Perseverance tem explorado a geologia e o clima passado do planeta. Atualmente, o rover está investigando uma pilha de rochas sedimentares com 250 metros de altura, cujas camadas curvas indicam a ação de água corrente. Imagens divulgadas em 11 de maio revelaram grãos de sedimentos grosseiros e pedras.

“A presença de detritos sugere um rio de alta energia. Quanto mais forte o fluxo de água, maior a capacidade de transportar materiais de maior tamanho”, declarou Libby Ives, pesquisadora de pós-doutorado no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, localizado no sul da Califórnia.

Segundo a NASA, a compreensão dos ambientes aquáticos em Marte é essencial para a busca de sinais de vida microbiana antiga preservada nas rochas do planeta.

A imagem divulgada pela agência espacial é um mosaico composto por 203 imagens individuais enviadas do Perseverance. Ela apresenta cores naturais e busca representar como a cena seria vista por um observador em Marte.

Assista o video:

O local explorado pelo rover recebeu o apelido de “Skrinkle Haven” pelos cientistas. As camadas curvas observadas indicam que elas foram formadas por uma água fluindo de maneira intensa, mas agora os pesquisadores buscam entender qual tipo de rio teria causado essas formações.

A especulação gira em torno da possibilidade de ser um rio sinuoso, semelhante ao rio Mississippi, ou um rio trançado, com a formação de pequenas ilhas, como o rio Platte, em Nebraska.

A observação das camadas sugere que elas podem ser restos de margens de rio que mudaram ao longo do tempo ou bancos de areia formados no curso do rio.

Os cientistas suspeitam que essas camadas eram muito mais altas no passado. Acredita-se que, após se transformarem em rocha, elas foram esculpidas pelo vento ao longo das eras até atingirem o tamanho atual.

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