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La Casa de Papel – parte 5: A ruína do plano e da série.

Por Gonzaga Júnior.

Bom, com o título já dá para saber se gostei ou não da série né? Bom, na verdade não, eu gostei sim da série! Mas não no quesito roteiro. A série foi sim muito bem produzida, com uma fotografia, trilha sonora e edições muito bem produzidos e a parte boa da série acaba por aí…  

Começando da base de tudo: O Roteiro, bem em todas as partes da série, este foi  o mais fraco até agora, no geral ele consegue prender nossa atenção e nos fazer maratonar, porém por pura curiosidade e não qualidade em si. O roteiro consegue ser muito previsível até mesmo em cenas que não eram para ser, afinal o autor repetiu tantas vezes a mesma fórmula nesses mais de 20 episódios que não conseguimos mais nos surpreender ou ficar tensos com algumas coisas porque já esperamos alguma virada que estava escondida ali em algum lugar ou algum ajudante secreto do professor que quaisquer desses artifícios já não serão mais novidades fazendo com que falte a principal característica da série: A surpresa.  

Outro erro ao meu ver foi encher a história de flashback e lembranças, em alguns momentos esses itens até ajudam a dar uma carga emocional maior a alguma cena, ou explica algo que está acontecendo no momento presente da série, mas é só! A grande maioria dos Flash Back no fim são uma grande perda de tempo já que não incluem nada a mais na história  e acabam atrapalhando o clímax  de algumas cenas. Se teve uma coisa que gostei foi que finalmente o plano falhou, em alguns momentos ele simplesmente ruiu e não haviam mais soluções previamente estudadas e muitas vezes as personagens tiveram que improvisar e quebrar o plano para poder sobreviver de várias situações das quais se encontravam encurralados, às vezes até literalmente, talvez essa ruina momentânea do plano na verdade tenha salvo a da trama no geral. 

La Casa de Papel, Distribuição Netflix, 2021 

Algo que é digno de palmas é a atuação dos atores que consegue empregar a emoção e veracidade que precisamos, com incríveis cenas de ação e plots dramáticos, em destaque como sempre Úrsula Corberó (atriz da Tóquio), Álvaro morte ( o Professor), Pedro Alonso (Berlim) e toda aquela galera de forças especiais do exército Espanhol que mal tem seus nomes citados mas conseguem passar a loucura e violência de suas personagens. Em paralelo está a atuação e participação em geral do Enrique Arce (Arturo Roman, Artuzito para os mais próximos) em que seu personagem consegue ser ainda mais irritante, desnecessário e forçado em todo o contexto da série, principalmente quando colocado junto de Mônica (a Agora Estocolmo) que conseguem atrapalhar toda a fluidez da série.  

No geral essa primeira parte, da quinta parte de La Casa de Papel foi quase que um elo de ligação para seu desfecho que virá ainda em dezembro deste ano e, esperamos, que ela venha mais frenética e menos previsível ( O que  aliás, aposto aqui com vocês que o filho do Berlim vira como um Deus ex Machina para a série após tantas memórias com ele) e que além de tudo termine com um final épico, imprevisível e um tanto quanto trágico como esperamos, e merecemos. 

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