Mudando o paradigma a educação tem jeito!
Por Domingos Sávio da Rocha.
É sabido que uma nação forte e próspera se constrói através da educação. A Educação é sem duvida o investimento mais importante de um país, porém não é o mais urgente. Entre aplicar os escassos recursos públicos em educação para obtermos retorno em 20 anos, acabamos por aplicamos no combate a criminalidade e saúde. Este ciclo vicioso de menos educação traz mais violência e logo menos saúde em longo prazo. Mas como aplicarmos em educação se temos de combater a criminalidade que aumenta e profissionaliza ou a saúde de gente cada vez mais doente? Triste realidade.
A educação é importante, mas não é urgente, meu Deus ! Bem, ficarmos de braços cruzados não podemos, temos que sair desta triste realidade. Se olharmos para países como Coréia do Sul, (arrasada pela guerra), Japão (arrasado pela
Guerra) e Finlândia onde se tem um dos melhores ensinos do mundo, começaremos a entender o que ocorre. No Japão por exemplo, os primeiros anos de alfabetização dos alunos é ensinado as crianças, por três anos somente princípios básicos de educação, que lhes acompanharão pela vida toda. Respeito aos mais velhos e aos idosos. Respeito aos animais. Respeito ao meio ambiente Respeito por filas e trabalho em grupo. A nação japonesa acredita que a alfabetização vem depois dos bons princípios e bons costumes.
Nestes países é habito que após o termino das aulas os alunos peguem nas vassouras e façam a limpeza das próprias salas para depois irem embora. A Educação é tanta que se você jogar um papel de bala no chão, outro aluno imediatamente pega na tua frente e o joga no lixo. Isto acontece nas escolas, nas ruas e em todos os lugares. Assim se constrói um pais. Mas como implantar isto no Brasil ? Um país em que cada vez mais jovens de 12,13 anos ficam grávidas, sem terem a menor condição emocional, econômica e intelectual para cria-los. O que esperar do futuro do país?
Sem dúvidas o divisor de águas da tragédia do ensino brasileiro passou pela aprovação automática. Quando o então presidente da república Fernando Henrique Cardoso, adotou a aprovação automática, para cumprir as metas do F.M.I. (Fundo Monetário Internacional). Na época o Brasil devia muito dinheiro ao FMI e este ditava as normas a serem seguidas no país. Uma delas era que para obter juros mais baixos, o país deveria melhorar o nível de ensino da população. Assim em uma atitude errônea, se criou a aprovação automática, tirando toda a autoridade dos professores e diretores. A ideia era: se eu estudar eu passo, se não estudar passo do mesmo jeito. Hoje temos cidadãos com escolaridade, mas que mal sabem escrever. Uma vergonha nacional.
Bem, agora o que tem que ser feito não será feito a curto prazo, pensar que o país irá investir na educação e nos professores é pura utopia, nunca teremos dinheiro para isto. Pelo menos enquanto não promovermos as reformas necessárias, começando pela administrativa, política e fiscal. A grande massa da nação brasileiro encontra-se sofrida e empobrecida, onde tentativas de
promovermos políticas de geração de emprego é a única coisa que passa na cabeça de nossos governantes. Porém, diminuir a pobreza também pode ser atacada de outras formas, entre elas:
EX: A gasolina a 6,00. Quem ganha R$ 2.000,00 e gasta R$ 600,00 em gasolina poderá melhorar de vida se conseguirmos passar a gasolina a R$ 3,00.
Esta medida afeta a todas as classes do brasil, das empresas aos caminhoneiros, dos ricos aos pobres. Isto se estende ao gás, agua, educação, plano de saúde e energia elétrica. Então presidente, ao invés de financiar olimpíadas e seus elefantes brancos, invista em energia eólica, entre de peito aberto no conselho fiscal da Petrobrás (como maior acionista que é), para criar novos produtos que não dependam mais da gente ter que subsidiar nas bombas dos BR o preço internacional do Barril do petróleo. A Petrobras tem de inteligência artificial aos recursos necessários para se transformar em uma Holding, investindo em empresas que lhe de sinergia e assim, ficando menos dependente dos preços internacionais do petróleo. Quem ganha com isto é o povo brasileiro, através de gasolina e gás bem mais baratos.
Bem, voltando a educação, a solução passa em criarmos uma nova escola paralela, que através de células vá se multiplicando pelo Brasil, funciona da seguinte forma: P.P.P (Participação Publico Privado), onde a iniciativa privada apresenta seus projetos de
escolas em parceria pré-definidas com o estado. A iniciativa privada caberia as instalações, os professores e a manutenção. Ao governo o subsidio (EX: R$ 400,00) por aluno e a fiscalização através de provas anuais que definiriam o nível de ensino, se nota A (EX: R$ 500,00 ) se B ( R$ 400,00) se C ( R$ 300,00) se menor a desclassificação da instituição. Desta forma a escola do projeto poderia cobrar uma mensalidade de no máximo (EX: R$ 60,00) dos alunos, proporcionando assim a grande maioria da população brasileira a oportunidade a um ensino de qualidade. Sendo que aquele aluno que provasse pobreza (de acordo com a legislação vigente) teria direito a bolsa integral.
Agindo assim o governo tira um elefante das costas, pois não precisa mais cuidar das escolas, remunerar professores, diretores e ainda poderá alugar as escolas aos interessados. O Brasil tem jeito, o que precisa são políticos que tem seus filhos nas Harvard University entenderem que embora a concorrência na formação de líderes irá aumentar, o Brasil se tornará um lugar em que os poderosos que aqui se fizeram poderão continuar morando em sua mansões.
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