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Brasil enfrenta pior crise hídrica dos últimos 91 anos

Ministro de Minas e Energia descarta possibilidade de racionamento, mas anuncia aumento na conta de luz e decreto para órgãos públicos federais.


O Brasil enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos e o tema veio a discussão depois do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) ter avaliado, na terça (24), que há “relevante piora” das condições hídricas no país. Nesta quinta-feira (26) o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que terá aumento na taxa da conta luz.

Desde julho, a bandeira tarifária da conta de luz é vermelha, elevando o custo a cada 100 kWh consumidos. Essa medida é aplicada quando a produção da energia fica mais alta. Uma reunião da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nas próximas semanas, deve definir este aumento.

Instrumento para medição do nível d’água na barragem da usina hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG). Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Nesta quarta-feira (25), o governo anunciou um esquema de “premiação” para os consumidores que economizarem energia elétrica, porém não deixou claro como funcionará. Outra medida anunciada é a redução do consumo nos órgãos públicos federais. O decreto publicado ontem (25), aponta que entre setembro de 2021 e abril de 2022 o consumo deve ser reduzido de 10% a 20% nos órgãos públicos federais.

Os reservatórios das hidrelétricas que correspondem a 70% do consumo nacional, sendo as do Sudeste e Centro-Oeste, estão com cerca de 23% de suas capacidades de armazenamento. Apesar das perspectivas serem de que os níveis abaixem ainda mais nas próximas semanas, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a possibilidade de racionamento.

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